Mate com Angu (RJ)
Coletivo audiovisual nascido em 2002 em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, a partir do desejo de provocar a produção e a exibição de imagens e suas implicações sociais e estéticas na realidade e no modo de vida da região. O grupo atua em três frentes distintas e interligadas no terreno do audiovisual: exibição, produção e formação.
Mate reverbera
Ensaios audiovisuais criados na doideira da pandemia
Com o setor cultural duramente prejudicado; com a presença rondante da morte por conta do coronavírus e da penúria financeira; com a necessidade de isolamento e toda sua angústia própria, o Reverbera vem de uma necessidade de continuar produzindo para não morrer por dentro. De continuar artística e laboralmente mostrando que há um sentimento de liberdade que não se curva e não se entrega ao rolo-compressor da opressão e da desesperança.
Com o espectro do fascismo ciscando a área, todo ação cultural hoje é, ainda mais, um ato de coragem e afirmação.
#3 - Fragmentos de um cinema amoroso
Uma arqueologia digital afetiva a partir do remexer em HDs antigos. Instantâneos de cinema, liberdade, experimentação e amizade pelos terreiros, lajes e trens fluminenses. E uma ode-brinde ao cineclubismo dionisíaco
Publicado em 16/9/20
#2 - Todo dia você vai ter que olhar pra isso
Todo dia é dia de domar o medo. Não esquecer de sublimar. Violência, milícia e política na Baixada Fluminense.
Publicado em 25/8/20
#1 - Caminhos Encruzados
Cinema-música-ritual se cruzam e fazem a gira girar nos terreiros da Baixada Fluminense. O Barracão é uma expressão contemporânea dessa história toda.
Publicado em 21/8/20
Fragmentos de uma Onda Conversadora
Em suas andanças na Baixada Fluminense, em rincões do Estado do Rio, no Sul do Pará, no Maranhão, em cantos pela Amazônia, provocamos e fomos provocados por experiências intensas em produção e em formação audiovisual, reverberando uma verve cineclubista em centenas de exibições, oficinas e produção de curtas-metragens.
Nesses anos de caminhada, das coisas que mais vivemos, além de exibir filmes e trocar experiências sobre produção de filmes, foi conversar com pessoas, olho no olho. E talvez aí resida a suspeita de uma chave importante de entendimento e saída: é preciso criar mesmo uma onda conversadora. Um Cinema que chama para um cafezinho, para uma conversa desarmada, para o campo imagético da possível convivência entre os diferentes. Talvez aí, no Cinema popular que o Mate busca, possa existir uma possibilidade real de superação desse momento tenso, onde a violência é automatizada e o discurso conservador e careta ganham cada vez mais terreno. Um Cinema contra o medo.
O chamamento para um papo olho no olho; a busca por um Cinema conversador, que pega ônibus e vai ao pagode; a câmera na mão com malícia e liberdade; uma cerveja tomada num botequim em Caxias… Elementos que pretendemos que estejam na base destes ensaios do Reverbera.
Com direito a um brinde em saudação ao grande mestre Nelson Pereira dos Santos, guru que certa feita já nos abençoou com direito a uma linda e terna piscada de olho e aquele seu sorriso maroto e cúmplice.
@matecomangu, agosto de 2020
Um pouquinho de Mate pra assistir e ler
Projeto realizado a convite da área de Educação e acompanhado por Ana Luiza Abreu, da equipe do IMS